Identificado suspeito envolvido em assassinato de delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos
- Publicado Por Viviane Almeida
- em nov 20 2024
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Identificação do Suspeito
Após semanas de intensa investigação, a polícia de São Paulo conseguiu identificar Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, como o principal suspeito no assassinato brutal de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro de 2024 no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. Este crime bárbaro reacendeu a discussão sobre a violência vinculada a facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital). Kauê, que já havia sido preso em 2022 por tráfico de drogas, foi identificado por meio de uma análise minuciosa de imagens de câmeras de segurança que mostram sua presença no aeroporto e a possível indicação aos atiradores.
O Crime: O Ataque a Gritzbach
O ataque a Gritzbach foi planejado e executado com precisão. Imagens captadas mostraram Kauê Coelho circulando no saguão do terminal, demonstrando estar à espreita enquanto Gritzbach se dirigia à área de desembarque. Sinalizando para os atiradores, que aguardavam em um carro preto, Kauê teria dado a ordem para atacar. No ataque, pelo menos 27 tiros foram disparados, resultando em 10 ferimentos fatais em Gritzbach, atingindo principalmente sua cabeça, tórax e braços. Um motorista que passava pelo local foi também fatalmente ferido, aumentando o impacto trágico do ocorrido.
Agentes Envolvidos e Oportunidades de Captura
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) declarou que as imagens das câmeras de vigilância foram vitais para localizar e identificar Kauê. Com base nelas, foi emitido um mandado de prisão contra ele. Além disso, para incentivar a colaboração da comunidade, as autoridades ofereceram uma recompensa de R$50.000 por informações que levem à sua captura, um montante significativo que pode mobilizar informantes que conhecem seu paradeiro. Essa prática, comum em investigações contra membros de organizações criminosas, visa prevenir a repetição de eventos tão trágicos e violentos.
O Impacto do Colaboracionismo
Gritzbach não era um alvo qualquer; ele tinha assinado um acordo de colaboração premiada com as autoridades, no qual prometia revelar intrincados esquemas de lavagem de dinheiro orquestrados pelo PCC, além de casos de corrupção policial. Esse aspecto de sua colaboração o tornava um sério risco para a facção criminosa, que, por sua vez, estaria disposta a pagar até R$3 milhões pela sua morte. Tal dado ilustra o quão valioso Gritzbach era tanto para a justiça quanto para o crime organizado, desenhando um cenário onde informantes pagam com a vida por suas revelações.
Investigações em Curso
Com a prisão de Kauê Coelho ainda pendente, as autoridades continuam diligentemente suas investigações para identificar outros indivíduos possivelmente envolvidos na execução de Gritzbach. A complexidade do caso reflete as profundas raízes e a vasta rede de apoio de organizações criminosas como o PCC em várias camadas sociais. A captura de Kauê poderá fornecer pistas valiosas sobre a cadeia de comando envolvida no homicídio, permitindo um fechamento mais eficaz deste capítulo tão sombrio da luta contra o crime organizado no estado de São Paulo.
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