Morte de Odete Roitman no remake de Vale Tudo gera expectativa e mistério

Morte de Odete Roitman no remake de Vale Tudo gera expectativa e mistério

Os últimos episódios do remake de Vale Tudo já têm a audiência à beira do sofá. O ponto alto da trama? A tão esperada morte de Odete Roitman. A vilã, encarnada por Débora Bloch, tem sido o foco de intrigas, chantagens e confrontos, e a forma como seu fim será encenado está gerando muita conversa nas redes.

O que mudou na cena mortal?

Segundo fontes internas, a roteirista Manuela Dias recebeu liberação da direção da TV Globo para reformular o desfecho da personagem. No original de 1988, Odete foi abatida em três tiros à queima‑roupa no apartamento de Marco Aurélio, no capítulo 193, exibido na véspera de Natal. A cena virou marco da teledramaturgia brasileira.

Na nova versão, Manuela aposta em ‘falsetes’ – falsas pistas que confundem o público sobre quem realmente puxou o gatilho. Em vez de um único assassino revelado de imediato, a trama vai lançar suspeitas sobre vários personagens ao longo de várias semanas, como se fosse uma batata quente que passa de mão em mão.

  • Primeiro, Odete percebe que está sendo seguida por um carro enquanto visita a casa de Ana Clara (Samantha Jones).
  • No dia seguinte, a perseguição se intensifica durante a ida ao TCA, culminando em um tiroteio disparado por um atirador escondido em outro veículo.
  • Ao mesmo tempo, conflitos com Marco Aurélio (Alexandre Nero) e Maria de Fátima (Bella Campos) criam novos motivos para suspeitas.

A estratégia de Manuela é criar um clima de incerteza que mantenha o telespectador preso à tela, tentando montar o quebra‑cabeça antes da revelação final.

Conflitos que alimentam o suspense

Conflitos que alimentam o suspense

Odete Roitman não chega ao seu fim sem antes se envolver em uma série de embates poderosos. A disputa com Marco Aurélio se agrava quando ele denuncia um esquema de corrupção que coloca a imagem do TCA em risco. A descoberta de Afonso (Humberto Carrão) sobre desvios milionários nas contas da empresa aérea serve como gatilho para que Odete exija a devolução do dinheiro com juros, aumentando ainda mais a tensão.

Essas manobras geram um círculo vicioso de chantagem e retaliação. Enquanto Odete pressiona Marco por reparação financeira, o executivo, humilhado, decide usar o nome dela em outra negociação, provocando um escândalo na mídia que expõe ainda mais a trama de poder e cobrança.

Além dos jogos de poder, a novela introduz momentos de perigo físico. A sensação de estar sendo seguida, o tiroteio iminente e a sucessão de “quase‑acidentes” criam um clima de ansiedade para o público, que já conhece a história original e fica ansioso por novas reviravoltas.

Manuela Dias tem mantido em segredo a identidade do assassino. Em entrevista exclusiva, afirmou que apenas ela sabe quem puxará o gatilho definitivo, reforçando o elemento de mistério que permeia os capítulos finais.

Os roteiristas ainda não revelaram quantos falsos suspeitos aparecerão, mas já é possível observar que a trama vai brincar com a culpa de personagens como Diana (Luana Piovani), Afonso, e até mesmo de Marco Aurélio, que pode mudar de postura ao longo da narrativa.

O que está claro é que a nova abordagem busca equilibrar homenagem ao clássico de 1988 com inovação. A intenção é garantir que a geração atual de espectadores sinta a mesma adrenalina que acompanhou a cena icônica na época, mas com uma camada extra de suspense que só o formato de “seriado” contemporâneo pode oferecer.

Enquanto as discussões nas redes sociais se multiplicam, a TV Globo parece apostar que o risco de mudar um momento tão lembrado será recompensado. Caso a estratégia funcione, a morte de Odete Roitman pode se tornar novamente um ponto de referência na história da teledramaturgia brasileira, desta vez por sua complexidade e capacidade de manter o público à beira do “por quê?”.