Onda de calor 2025 atinge o Centro‑Sul durante o Carnaval

Onda de calor 2025 atinge o Centro‑Sul durante o Carnaval

Já se sente o calor extra nas capitais antes mesmo da quinta onda de calor de 2025 chegar oficialmente. Em 28 de fevereiro, um bloco denso de alta pressão ocupará a região Centro‑Sul, elevando as temperaturas a níveis que devem bater recordes históricos justamente quando os foliões se preparam para o Carnaval.

Como se formou a onda de calor 2025

O fenômeno tem origem em um sistema de alta pressão que se instalou nas camadas médias da atmosfera. Essa massa de ar estável age como uma tampa, bloqueando a ascensão da umidade e, consequentemente, a formação de nuvens. Sem nuvens para refletir parte da radiação solar, o solo absorve quase todo o calor, que é devolvido à atmosfera, aumentando a temperatura do ar em até 7 °C acima da média esperada para o mês de março.

Ao contrário da onda de calor que se formou no último fim de semana no Sul – provocada por uma massa de ar seco advinda da Argentina – a atual é mais profunda e abrange um território maior. Ela afeta, diretamente, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, além de partes de Goiás e Mato Grosso do Sul.

Impactos esperados nas principais cidades

As metrópoles mais vulneráveis são Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Segundo dados do Climatempo, a capital de São Paulo tem a maior probabilidade de registrar um novo recorde de temperatura para 2025, seguido por Brasília e Curitiba. Em 25 de fevereiro, Porto Alegre já marcava 38,1 °C, tornando‑se a capital mais quente até o momento.

Nas regiões de Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, as previsões indicam um aumento de 3 a 5 °C acima da média de março, condição ainda considerável para a população que ainda está se adaptando ao fim do verão.

  • São Paulo: picos de 38‑40 °C, risco de ondas de calor prolongadas.
  • Curitiba: temperaturas entre 35‑37 °C, possibilidade de quebra de recordes locais.
  • Porto Alegre: continuidade de valores acima de 38 °C.
  • Brasília: projeções de 36‑38 °C, próximo ao limite de conforto.

Rio Grande do Sul se destaca por já ter registrado quatro das cinco ondas de calor do ano. As projeções apontam para máximas próximas de 40 °C nos próximos dias, situação que pode agravar problemas de saúde, como desidratação e crises de calor em grupos vulneráveis.

Para quem planeja aproveitar o Carnaval, as autoridades de saúde recomendam medidas simples, porém eficazes: hidratação constante, uso de roupas leves e de cores claras, evitar exposição direta ao sol nos horários de pico (entre 10 h e 16 h) e buscar áreas sombreadas ou com ar‑condicionado sempre que possível.

  • Beber água a cada 15‑20 minutos, mesmo sem sentir sede.
  • Aplicar protetor solar com FPS 30 ou superior antes de sair de casa.
  • Usar chapéus, bonés ou viseiras para proteger o rosto.
  • Preferir blocos e festas que ofereçam infraestrutura de sombra e hidratação.

Além das capitais citadas, outras cidades como Rio de Janeiro, Florianópolis, Goiânia e Campo Grande podem registrar temperaturas acima do normal. O risco de ondas de calor prolongadas aumenta a demanda por energia elétrica, sobretudo por ar‑condicionados, o que pode gerar sobrecarga nas redes e eventuais apagões.

Especialistas destacam que a situação exige planejamento urbano mais robusto, com ampliação de áreas verdes e sistemas de resfriamento público. Enquanto isso, a população deve manter-se atenta aos alertas meteorológicos e seguir as recomendações de saúde para reduzir os impactos desse calor extremo que coincide com a maior festa do país.