Terremoto de magnitude 7,6 sacode Drake Passage e alerta tsunami no Chile

Terremoto de magnitude 7,6 sacode Drake Passage e alerta tsunami no Chile

Quando Berk Kutay Gökmen, jornalista da Anadolu Agency informou o terremoto de magnitude 7,6 que abalou o Drake Passage nesta sexta‑feira, 11 de outubro de 2025, logo após as 17h29 (horário local), a população costeira do Chile recebeu um alerta de tsunami que, felizmente, foi cancelado poucos minutos depois, segundo o Pacific Tsunami Warning Center. A magnitude impressionante e a localização remota do epicentro reacenderam o debate sobre a vulnerabilidade sísmica da região sul do planeta.

Contexto tectônico da região

A Drake Passage marca a fronteira complexa entre a Placa Sul‑Americana, a Placa Scotia e a Placa Antártica. Essa tríade de placas gera um padrão de falhas reversas e transformantes que, historicamente, dão origem a sismos de grande magnitude. Conforme dados do United States Geological Survey (USGS), a região registrou mais de 200 eventos sísmicos de magnitude acima de 5,0 nos últimos dez anos. O último grande choque antes do de hoje ocorreu em 22 de agosto, com magnitude 7,5, também no Drake Passage.

Detalhes do sismo e da réplica

O epicentro foi localizado a 10 km de profundidade, exatamente no coração da passagem marítima que separa o Cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, da Antártida. O movimento de falha foi predominantemente de tipo reverso, liberando energia suficiente para ser sentido em parte das ilhas sub‑antárticas. Uma réplica significativa, de magnitude 5,4, aconteceu às 18h34 (horário local), com a mesma profundidade, confirmando a instabilidade contínua da região.

Segundo Mike Smith, porta‑voz do USGS, “a sequência de eventos indica que o estresse acumulado nas interfaces das placas está sendo gradualmente liberado, mas ainda há potencial para novos sismos de maior escala”. Ele acrescentou que os sensores DART (Deep‑Ocean Assessment and Reporting of Tsunamis) não registraram elevações de ondas acima de 30 cm, o que justificou o cancelamento do alerta de tsunami.

Reações das autoridades e alertas de tsunami

Logo após a leitura preliminar dos dados, o Pacific Tsunami Warning Center emitiu um aviso de tsunami para a costa chilena, especificamente para a região de Magallanes. Menos de 30 minutos depois, após a análise detalhada dos registros sísmicos e das medições das boias DART, o centro oficializou a retirada do aviso, declarando “nenhuma ameaça de tsunami permanece”. O governo chileno, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA), recomendou que pescadores e operadores de navios permanecessem atentos a possíveis ondas adicionais nos próximos dias.

Na Argentina, as autoridades de Ushuaia monitoraram o mesmo período, porém não emitiram alertas formais, dado que o risco foi considerado muito baixo. Em ambos os países, as prefeituras costeiras abriram linhas diretas de comunicação com a população para esclarecer dúvidas.

Impactos potenciais e avaliação de risco

Impactos potenciais e avaliação de risco

Embora o epicentro tenha ficado a centenas de quilômetros da costa, o sismo foi sentido em Punta Arenas, Chile, e em algumas ilhas da Antártida. Até o fechamento da redação, não há relatos de danos materiais ou vítimas, reflexo tanto da profundidade quanto da localização remota. Entretanto, especialistas em geologia marinha alertam que a combinação de fortes correntes marítimas e possíveis falhas submarinas pode gerar pequenas elevações de mar que, embora não caracterizadas como tsunamis, podem representar risco para embarcações de pesca.

  • Magnitude do sismo principal: 7,6
  • Profundidade: 10 km
  • Data e hora: 11/10/2025, 17h29 (local)
  • Réplica de magnitude 5,4 às 18h34
  • Alerta de tsunami emitido e cancelado em menos de 30 minutos

O estudo de caso reforça a importância de sistemas de alerta precoce em áreas de baixa densidade populacional, onde a latência nas comunicações pode ser decisiva.

Próximos passos e monitoramento contínuo

Os sensores sísmicos do USGS na região do Atlântico Sul continuam em operação 24 horas por dia, enviando dados em tempo real para o National Earthquake Information Center em Golden, Colorado. O próximo relatório preliminar, previsto para as 00h00 GMT de 12 de outubro, trará uma análise mais aprofundada da energia liberada e das possíveis implicações para a estabilidade das placas.

Enquanto isso, a comunidade científica internacional acompanha as publicações recentes sobre a mecânica de falhas em áreas de subdução polar, buscando entender se o padrão de sismos intensos observado em 2025 pode sinalizar uma reorganização maior das margens tectônicas. Para os pescadores e moradores das regiões costeiras de Magallanes, a mensagem clara é: atenção redobrada nas próximas 48 horas, mas sem pânico.

Perguntas Frequentes

Qual foi a magnitude exata do terremoto que ocorreu em 11 de outubro?

O sismo principal foi registrado com magnitude 7,6 pela USGS, enquanto a réplica que se seguiu teve magnitude 5,4. Ambas as leituras foram confirmadas pelos sensores de superfície e pelos bóias DART no oceano.

Por que o alerta de tsunami foi cancelado tão rapidamente?

As boias DART não detectaram elevações de onda superiores a 30 cm, o que, segundo os critérios do Pacific Tsunami Warning Center, não configura risco de tsunami. Assim, o aviso foi revogado após análise dos dados em menos de meia‑hora.

Quais regiões costeiras foram mais afetadas pelas vibrações?

A vibração foi percebida em Punta Arenas, no Chile, e em alguns dos pequenos arquipélagos da Antártida. Nenhuma comunidade maior relatou danos estruturais, mas autoridades locais mantêm monitoramento intensificado.

O que os especialistas dizem sobre a atividade sísmica na região?

Geólogos apontam que a zona de convergência entre as placas Sul‑Americana, Scotia e Antártica está em fase de liberação de tensão acumulada, o que pode gerar mais terremotos de grande magnitude ao longo dos próximos meses.

Como a comunidade internacional está respondendo ao sismo?

Agências como a USGS e o Pacific Tsunami Warning Center divulgaram relatórios detalhados, enquanto institutos de pesquisa polar enviam equipes para analisar possíveis mudanças no leito oceânico que possam influenciar futuras atividades sísmicas.

Jaqueline Dias
Jaqueline Dias

A magnitude 7,6 na passagem de Drake mostra como a zona de subducção é um ponto crítico no planeta. Sistemas de alerta precoce, como o DART, são essenciais para evitar pânico desnecessário. Além disso, a baixa profundidade de 10 km aumenta a percepção do tremor nas costas chilenas.

outubro 12, 2025 AT 02:28

Raphael Mauricio
Raphael Mauricio

Um tremor desse porte deixa o mar agitado por horas.

outubro 12, 2025 AT 05:10

Heitor Martins
Heitor Martins

É impressionante como o alarme de tsunami aparece rapidinho e depois some como promessa de político em campanha - nada de mais que 30 cm de onda, então ninguém precisa virar surfista de emergência.

outubro 12, 2025 AT 07:56

Anderson Rocha
Anderson Rocha

O tempo de resposta dos centros de alerta realmente impressiona.

outubro 12, 2025 AT 09:20

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