Tragédia na Bahia: Dois moradores de rua morrem após atropelamento e motorista foge
- Publicado Por Viviane Almeida
- em abr 25 2025
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Dois moradores de rua morrem atropelados e motorista foge sem prestar socorro no sul da Bahia
A madrugada foi marcada por tragédia numa das principais avenidas do sul da Bahia. Dois homens em situação de rua, que costumavam dormir sob a cobertura de uma loja fechada, foram atingidos violentamente por um carro que avançou a toda velocidade sobre a calçada. Nenhuma testemunha identificou o responsável, que fugiu sem sequer olhar para trás, deixando para trás um cenário de desespero e revolta.
O caso expõe, mais uma vez, a vulnerabilidade dos moradores de rua. Eles se tornaram vítimas fáceis não só do descaso social e das condições precárias que enfrentam diariamente, mas também da violência urbana. Vários comerciantes da área contam que, mesmo em noites de pouco movimento, motoristas imprudentes costumam acelerar sem preocupação pelas vias, fazendo da calçada uma extensão perigosa do asfalto.
Socorristas foram acionados por populares, mas quando chegaram ao local, os dois homens já estavam sem sinais vitais. Ainda não há informações sobre as identidades das vítimas, que não portavam documentos. Voluntários de entidades locais acreditam que se tratavam de conhecidos da região, já que faziam pequenos trabalhos pelo bairro em troca de comida e algumas moedas.

Repercussão pede por justiça em meio à rotina de descaso e violência urbana
O atropelamento movimentou as redes sociais e acendeu discussões entre moradores. Imagens de câmeras próximas estão sendo analisadas pela polícia, que busca qualquer pista para identificar o veículo — suspeita-se que o carro estivesse acima do limite de velocidade e transitava de forma perigosa logo antes do impacto. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada.
Esse episódio escancara as falhas no sistema de proteção social e aponta uma ferida antiga: o pouco caso das autoridades com vidas consideradas “invisíveis”. Movimentos sociais e ONGs destacam que tragédias como essa poderiam ser evitadas com políticas públicas de assistência e acolhimento, mas esbarram na falta de prioridade e verba.
Além da dor da perda, resta a indignação: quem são os responsáveis por proteger aqueles que não têm voz? O clima hoje é de cobrança e tristeza. Moradores e lideranças cobram justiça e ações concretas contra a violência urbana e pedem, ao menos, dignidade para os que vivem à margem.
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