Na madrugada desta segunda‑feira, 13 de outubro de 2025, o grupo terrorista Hamas libertou os últimos 20 reféns israelenses que estavam sob seu controle desde o ataque de 7 de outubro de 2023, totalizando 738 dias de cativeiro.
O Donald Trump, presidente dos Estados Unidos esteve presente no Oriente Médio, acompanhando de perto a assinatura de um acordo de cessar‑fogo negociado por Egito, Catar e Turquia. A troca foi parte da primeira fase do plano apresentado em setembro de 2025.
Contexto do conflito e da negociação
Desde o 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu cidades israelenses e capturou 251 civis, o cenário na Faixa de Gaza tem sido de bombardeios, bloqueios e crises humanitárias. Israel manteve uma ocupação que, segundo o próprio plano de paz, cobria 75% do território; o acordo reduz essa presença para 53%.
O esforço diplomático ganhou tração no fim de setembro, quando Donald Trump propôs um roteiro de trocas e retirada gradual de tropas. Países como Egito, Catar e Turquia assumiram o papel de mediadores, prometendo garantir a segurança dos corredores humanitários.
Libertação dos reféns israelenses
Os 20 sobreviventes foram entregues à Cruz Vermelha Internacional na chamada "Praça dos Reféns", em Tel Aviv, onde milhares de espectadores assistiram a momentos de pura emoção – abraços, lágrimas e aplausos ecoaram pela madrugada.
Helicópteros das Forças Armadas de Israel (IDF) transportaram rapidamente os ex‑reféns para hospitais da capital, onde passaram por avaliações médicas completas antes de reencontrarem suas famílias. Conforme relatado pelo portal Veja Abril, nenhum dos libertados apresentou ferimentos críticos, embora o trauma psicológico seja evidente.
O presidente israelense Bib Netaniel declarou: "Esperamos que seja por bem. Se não for por bem, infelizmente terá que ser mal", sinalizando que a operação ainda pode envolver novas movimentações militares caso o Hamas não cumpra todos os termos.

Troca de prisioneiros palestinos
Como parte da mesma fase, Israel soltou cerca de 2.000 palestinos que estavam encarcerados desde o início do conflito. Dentre eles, 250 foram condenados à prisão perpétua, enquanto 1.700 são detentos apreendidos após 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças.
Ônibus lotados levaram os libertados de volta à Faixa de Gaza. Ao chegar, foram recebidos por parentes emocionados e por combatentes do Hamas, gerando um clima descrito pelo Record R7 como "tenso mas esperançoso".
O plano também prevê que, para cada corpo de refém israelense devolvido, Israel entregará os restos mortais de 15 cidadãos de Gaza que morreram nas ofensivas. Até o momento, o Hamas indicou que só devolverá quatro corpos, embora o acordo exija a entrega de todos os 28 ainda desaparecidos.
Reações e declarações dos líderes
Durante um discurso no Knesset, Donald Trump afirmou: "Os céus estão calmos, as armas estão silenciosas, as sirenes estão em silêncio e o Sol nasce em uma Terra Santa que finalmente está em paz". Foi a primeira vez que um presidente americano discursou no parlamento israelense.
Já o chefe do Estado‑Maior das Forças Armadas de Israel orientou as tropas a permanecerem prontas para qualquer eventualidade, reforçando que a operação de retorno dos reféns foi apenas o início de um processo maior.
Representantes do Hamas, por sua vez, confirmaram que devolveram todos os reféns vivos, mas reiteraram que não aceitarão a "tutela estrangeira" prevista no plano americano, mantendo resistência à desmilitarização completa.

Desafios para a paz duradoura
Embora a troca de presos represente um marco histórico, vários obstáculos permanecem. Primeiro, a entrega dos corpos dos 28 reféns mortos ainda não foi concluída, gerando pressão internacional por respostas concretas.
Segundo, a estrutura de governação em Gaza continua incerta. O Hamas ainda não reconheceu oficialmente o desarmamento e há dúvidas sobre quem assumirá o controle administrativo caso o grupo seja desmilitarizado.
Terceiro, a redução da ocupação israelense de 75% para 53% ainda deixa grande parte da população palestina sob controle militar, alimentando tensões que podem ressurgir a qualquer momento.
Por fim, a cerimônia de assinatura oficial do acordo está marcada para 13 de outubro de 2025 no Egito, com a presença de Donald Trump e cerca de 20 lideranças internacionais. O sucesso da cúpula egípcia será, provavelmente, o termômetro final da viabilidade do pacto.
Perguntas Frequentes
Quantos dias os reféns israelenses ficaram em cativeiro?
Os 20 reféns libertados passaram 738 dias na Faixa de Gaza, desde o ataque de 7 de outubro de 2023 até sua libertação em 13 de outubro de 2025.
Qual foi a quantidade total de palestinos liberados por Israel?
Israel soltou cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, entre eles 250 condenados à prisão perpétua e 1.700 detidos após o início da guerra, incluindo todas as mulheres e crianças.
Quais países mediaram o acordo de cessar‑fogo?
Egito, Catar e Turquia atuaram como mediadores principais, com apoio diplomático dos Estados Unidos.
O que acontece com os corpos dos 28 reféns mortos?
O Hamas afirmou que devolverá apenas quatro corpos até o momento, embora o acordo exija a entrega de todos os 28 restos mortais. A comunidade internacional tem pressionado por uma solução rápida.
Quais são os principais obstáculos para a paz duradoura?
Além da entrega dos corpos, o futuro da governança em Gaza, o desarmamento do Hamas e a redução da ocupação israelense ainda são pontos críticos que podem comprometer a estabilidade a longo prazo.